quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SAMBISTA COM VISUAL DE ROQUEIRO !

Você pode até não conhecer Benito Di Paula, 68 anos, mas já deve ter ouvido os versos que dizem Ê, meu amigo Charlie Brown/Ê, meu amigo Charlie Brown/ Se você quiser, vou lhe mostrar... Ou então a triste história de "Retalhos de Cetim" (Mas chegou o carnaval/E ela não desfilou/Eu chorei na avenida, eu chorei/ Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei). Esses são apenas dois dos sucessos do cantor que, mesmo sem gravar há 13 anos, permanece vivo na memória de muita gente.

Mas Benito quer sair das lembranças empoeiradas dos fãs mais velhos e se mostrar também para as novas gerações. Para isso, gravou esta semana no Rio de Janeiro CD e DVD com grandes sucessos de sua carreira e mais quatro músicas inéditas.


"Não queria gravar. Sempre acho que fazer show é melhor, viajar", diz ele que, apesar da rebeldia em relação ao estúdio, tem 26 discos em sua carreira e já chegou a competir em vendas com Roberto Carlos em 1977.

Em um bate-papo durante o ensaio para o show de gravação do DVD, Benito contou que a onda do sertanejo da década de 90 foi a responsável por seu "sumiço", explicou de onde vem a inspiração para o seu visual carregado de anéis e cordões e até como compôs "Meu amigo Charlie Brown", a música que abre esta matéria. Confira!

Treze anos sem disco

Parei de gravar quando começou a entrar uma situação diferente de música, o sertanejo. Não estou dizendo que os sertanejos não podiam gravar, mas que atrapalhou, atrapalhou. Era muito dupla e tudo igual. Todo mundo tem direito de gravar, mas na cultura brasileira, uma coisa não pode atrapalhar a outra. O carnaval não pode atrapalhar o samba que vigora ao longo do ano. Mas quando um gênero vira febre, a coisa fica ruim, fica devagar. O que a gente faz? A gente respeita e continua a fazer shows.

Trabalho

Fiquei sem gravar, mas nunca fiquei sem trabalho. Sempre fiz show. Meu negócio é o palco.

DVD

Não queria gravar. Sempre acho que fazer show é melhor, viajar. Mas o público pedia muito. Tenho muitos e-mails de gente pedindo para voltar a gravar. Pensei até em fazer algo com eles para o encarte desse trabalho. Mas topei mesmo porque a EMI disse que eu podia fazer como eu quisesse, do meu jeito. Topei e está muito legal. Selecionei alguns sucessos da minha carreira, além de quatro músicas inéditas.

O começo


Já fazia shows na noite, quando uma gravadora pediu para que eu gravasse os sucessos da época com orquestra com a qual eu me apresentava e meu piano. Gravei "Azul da Cor do Mar", do Tim Maia, "Madalena", do Ivan Lins, "Na Tonga da Mironga do Kabuletê", do Vinicius de Moraes, e gravei também "Apesar de Você", do Chico, e meu disco acabou sendo censurado (risos). Achei uma sacanagem, mas aí que quis fazer mesmo.

Segredo do sucesso

Não dá para explicar. O sucesso é inexplicável.Cheguei a vender tantos discos quanto o Roberto Carlos durante uma época da minha vida. Mas ninguém vende mais que ele. Vendi 45 milhões de discos em todo o mundo. É muita coisa.

Piano com samba

Desde criança, sempre ouvia Luiz Gonzaga, Ataulfo Alves, Tito Fuentes, Xavier Cougar. Misturo todos esses ritmos na minha música. Além do samba, mas não sou sambista. Sambista é o Paulinho da Viola. Eu sou sambeiro.

Como nasceu Charlie Brown

Fiz a música na época em que eu morava em uma pensão de italianos, e eles liam a revistinha em quadrinho e riam à beca. Um dia, pedi para traduzirem para mim, eles traduziram e aquilo me deu a idéia de montar uma historia como se o Charlie Brown estivesse chegando no Brasil e eu tivesse que apresentar o país a ele. Quando gravei, já tinha feito a musica há muito tempo.

Como nasceu Benito

Meu nome é Uday, que é de origem cigana e quer dizer chefe da tribo. Mas não podia cantar na noite com esse nome. Fui tocar em uma boate em Friburgo e, chegando lá, foram escolher um nome para mim. O cara olhou para a minha cara, pensava, dizia que eu era um rapaz que andava sempre bem vestido, que era bonito e, do nada, soltou Benito, no lugar de bonito. Daí, ficou. Depois eu falei: coloca Di Paula para italianar o nome todo (risos).


Visual

Eu tinha um cabelo enrolado, daquele difícil de pentear. Mas na década de 70 virou moda. Depois, a idade foi chegando, tive que pintar o cabelo e a química alisa o cabelo. Agora, estou com o cabelo de roqueiro(risos). O resto é por causa dos meus antepassados ciganos. Gosto muito de anel, de brinco. Adoro essas coisas.


APROVEITEM E BAIXEM O DVD NO LINK ABAIXO: MUITO BOM !

http://www.megaupload.com/?d=CKQNQHHZ

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ela é Praeira

Video Clip do amigo Cícero-CHO, produzido por mim !

Música com muito humor:
PRAEIRA
http://www.youtube.com/watch?v=dk92D1EJSDQ&NR=1